A identidade construída pelos gestos, pelas roupas, pelos sorrisos, pela etiqueta.
Em poucas páginas a impressão inicial de ingenuidade.
As viagens à Europa, a sucessão de festas.
Um relato honesto cercado por gestos artificiais. Nas intenções tão assumidas.
É curioso pensar hoje, sua influência não ultrapassava o círculo de fanáticos.
Eram baratos, pulp fiction.
Hoje tudo isto parece ser tão simples. Determinam estas suítes multimídia.
Você faz pequenas colagens verbais, associando idéias conhecidas para criar o desconhecido, o sugestivo. Inconscientemente busca palavras. Rouqueja e gargareja sons.
A escolha é bem feita.
Há o mistério que apela para imaginação. Quem serei é visão.
Afinal, por que há de haver ritmo?
Gostaria de fazer comédias excessivas. É desesperante.
É fantoche que se relaciona com outros fantoches.
Somos a rua mais comprida do mundo.
Somos feitos de pedaços de telenovelas.
Sempre falta um pedaço. O que significa sem atenção.
Tocamos, emocionalmente, sobre o que está perdido.
Sucessiva noite das horas.
Pois não descuide.
(Felicia Hardy. tramando elipses.)
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