quarta-feira, 6 de junho de 2007

FELICIA is TYPEWRITER.


A identidade construída pelos gestos, pelas roupas, pelos sorrisos, pela etiqueta.

Em poucas páginas a impressão inicial de ingenuidade.

As viagens à Europa, a sucessão de festas.

Um relato honesto cercado por gestos artificiais. Nas intenções tão assumidas.

É curioso pensar hoje, sua influência não ultrapassava o círculo de fanáticos.

Eram baratos, pulp fiction.

Hoje tudo isto parece ser tão simples. Determinam estas suítes multimídia.

Você faz pequenas colagens verbais, associando idéias conhecidas para criar o desconhecido, o sugestivo. Inconscientemente busca palavras. Rouqueja e gargareja sons.

A escolha é bem feita.

Há o mistério que apela para imaginação. Quem serei é visão.

Afinal, por que há de haver ritmo?

Gostaria de fazer comédias excessivas. É desesperante.

É fantoche que se relaciona com outros fantoches.

Somos a rua mais comprida do mundo.

Somos feitos de pedaços de telenovelas.

Sempre falta um pedaço. O que significa sem atenção.


Tocamos, emocionalmente, sobre o que está perdido.

Sucessiva noite das horas.


Pois não descuide.


(Felicia Hardy. tramando elipses.)

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